A emobilia começou interagindo com o público de maneira online, utilizando o Instagram como ferramenta de divulgação e os marketplaces especializados em design autoral, como a Boobam e a Hometeka, enquanto plataformas comercias. Mas sempre houve o sonho de estar em um espaço físico, onde pudéssemos receber os clientes e apresentar nossas criações e ideias sobre produção sustentável e upcycling. Em 2019 entendemos que estava na hora de procurar por um lugar para ser nossa casa em Belo Horizonte. Naquele momento, o Mercado Novo apareceu como um espaço que refletia boa parte dos nossos princípios.
O prédio de estética modernista foi construído em 1960, em estrutura de concreto e vedado por cobogós de cerâmica que se tornaram uma marca na paisagem do centro de Belo Horizonte. Apesar de ter sido idealizado como um moderno mercado, as lojas nunca chegaram a ser completamente ocupadas. A construtora responsável pela obra encerrou suas atividade e, com isso, os futuros lojistas acabaram migrando para o Mercado Central, um dos pontos turísticos mais visitados da capital mineira. A construção, parcialmente finalizada, se tornou um grande espaço ocioso.
Em 2010 alguns movimentos começaram a direcionar um novo olhar para toda essa estrutura disponível no centro da cidade. As festas tomaram conta do último andar do Mercado, apelidado então de “Mercado das Borboletas” em referência a estrutura arredondada do último pavimento. Mas foi em 2018 que o movimento de ocupação das lojas teve seu ponta pé com a inauguração da Cervejaria Viela.
E foi exatamente esse olhar diferente sobre o prédio que nos chamou atenção. Assim como os resíduos de chapas de aço são transformados em móveis, o edifício e sua infraestrutura foram revitalizados para gerar um movimento de produtores locais e regionais em um ponto central na cidade. Na mesma lógica, o Mercado Novo reflete nosso pensamento sobre o reaproveitamento e reuso de materiais e estruturas que ainda podem ser utilizados em um novo ciclo de vida ao invés de serem descartadas ou demolidas.
Além disso, a arquitetura do prédio carrega muito da história de Belo Horizonte, assim como seus contemporâneos: o Conjuntos JK e o Edifício Maletta. Marcados por transições sutis entre os espaços públicos e privados, o Mercado Novo é como uma continuação da rua em seu interior. Com entradas em diferentes fachadas no nível térreo e caminhos diversos que levam até o terceiro andar.
O movimento criado em 2018 se tornou forte e, hoje, o Mercado Novo recebe pessoas interessadas na culinária diferenciada, lojas de ofícios e artes, cervejas artesanais, drinks e muito mais. Estamos cercados por marcas que admiramos e nos fortalecemos nessa retomada de uso de um espaço central na cidade. Se ainda não conhece nosso Show Room, aproveita para vir passear pelo centro e vivenciar esse movimento!
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