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A invenção do container e a revolução no sistema de transporte de cargas

emobilia

É até difícil imaginar, nos dias de hoje, como era feito o transporte de cargas. Anteriormente à invenção dos containers, os itens eram transferidos individualmente ou em caixas de madeira, sem padronização e organização, demandando maior tempo e mão de obra para carregar e descarregar os lotes que passavam de armazém em armazém até embarcarem nos navios. Os containers fizeram uma verdadeira revolução na organização e eficiência do transporte de mercadorias e produtos que atravessam um país rumo a outros países, vários localizados em outros continentes.


Sem dúvidas o processo de carga e descarga despendia muito tempo e era pouco eficiente. Tendo em mente o crescimento da produção e o mercado cada vez mais globalizado, era necessário repensar o sistema de transporte visando a integração entre os diversos modais para atender a crescente troca comercial entre nações. Não só nos portos, mas entendendo o processo como um todo, desde a saída de caminhões e trens de uma fábrica ou armazém até a chegada nos portos para, enfim, embarcar em um navio.



Foi na primeira metade do século XX que Malcom McLean teve a ideia de pensar em soluções para otimizar tal processo. Nascido na Carolina do Norte, nos EUA, teve uma empresa de transporte rodoviário de 1930 a 1955, chegando a ser a segunda maior empresa do ramo com uma grande frota de caminhões. Mas, durante a sua experiência, reparou na perda de tempo e desorganização no sistema de transporte de cargas. Até que, em 1955, decidiu vender sua empresa e se dedicar ao transporte marítimo.



Após vários testes, criou uma grande caixa metálica, padronizada e empilhável. No entanto, eram necessárias adaptações tanto nas embarcações quanto nos portos, além de lidar com as brigas que surgiram com sindicatos dos trabalhadores de carga e descarga. Inicialmente os navios instalaram guindastes em seu próprio convés, evitando, assim, que os portos passassem por grandes reformas. No entanto, já com resultados otimistas sobre a invenção e sua efetividade, os portos passaram a se adaptar às caixas de aço.


McLean persistiu em sua revolução e os navios containers dominam os mares e o transporte de cargas, representando uma economia de tempo e trabalho braçal. Com o passar dos anos, a tecnologia se aperfeiçoou. Na década de 1970 as medidas foram padronizadas de acordo com normas internacionais para produção de containers, estabelecendo parâmetros que enxergam o sistema de modo global e compatível com os diversos portos espalhados pelo mundo. Sem mencionar que caminhões e trens também se adaptaram à nova invenção, permitindo uma interligação entre modais que aumenta a agilidade dentro de um mercado cada vez mais rápido e volumoso.

 
 
 

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